domingo, 17 de março de 2024

IMIGRAÇÃO ALEMÃ - 200 ANOS

 A LONGA E PERIGOSA VIAGEM DO ARGUS









27 de julho de 1823: o veleiro Argus deixava o porto de Amsterdam, na Holanda, com 284 passageiros de regiões onde mais tarde seria a Alemanha com destino ao Rio de Janeiro. Miseráveis, sem trabalho na lavoura devido à crescente mecanização da lavoura, aceitaram o desafio de tentar uma vida nova no Brasil, que recém tinha se tornado independente e precisava de colonos e soldados.
Depois de tormentas e até ataque de piratas, o Argus atracou no Rio em 7 de janeiro de 1824, e um grupo de 39 imigrantes, quase todos agricultores, seguiu viagem para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde chegou no dia 25 de julho, um ano depois da partida.  Começava um novo desafio: sobreviver nessa terra ainda selvagem e, quem sabe, ter uma perspectiva de vida melhor.
A colônia prosperou, se expandiu com a chega de novas levas de colonos, e o dia 25 de julho passou a ser considerado como o marco inicial da imigração alemã no Brasil.  








Monumentos aos imigrantes, em Nova Petrópolis

sexta-feira, 8 de março de 2024

PRIVILÉGIO

 










quinta-feira, 7 de março de 2024

ORAÇÃO

 

Estátua em homenagem a Iemanjá em Tramandaí/RS



domingo, 18 de fevereiro de 2024

LITORAL ENCALHADO

 


Ao sair da barra do rio Tramandaí o pesqueiro Litoral  bateu num  banco de areia e adernou. 

Ficou encalhado na praia de Imbé/RS 










Duas semanas depois do naufrágio, o Litoral é posto à venda. 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

BOBAGENS

 


Fiz muitas bobagens na vida. Me arrependo de poucas.... 

Na foto, uma delas: fazendo pose sobre um lago congelado de Niágara, Canadá. Desafio à lei da gravidade - e o bom senso. 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

EM BUSCA DO PARAÍSO

 A minha geração queria conhecer o paraíso - sem precisar morrer, claro. E lá íamos nós, de carona, de busão ou com os carros dos poucos amigos e colegas que desfrutavam deste privilégio, mesmo sendo fusquinhas ou Gordinis que muitas vezes nos deixavam na estrada.

Íamos para Garopaba, então um vilarejo de pescadores com um pequeno hotel o do Lobo, e às vezes dormíamos nos barracos dos pescadores, na praia. Mais ao norte do litoral de SC havia outros paraísos, como Bombinhas. Os desbravadores passavam a dica. "Tens que conhecer tal lugar, é o paraíso".

Já depois dos 30, nossos voos eram mais altos: Búzios, no Rio, Arembepe, Porto Seguro, na Bahia, Praia da Pipa, no RN, Jericoacoara e Canoa Quebrada, no Ceará. 

Todos estes lugares que nos fascinaram foram vítimas do turismo e dos empreendimentos imobiliários. Descaracterizados, perderam o encanto. Os jovens dos anos 70/80 voltam lá agora e encontram lugares urbanizados, com pousadas e hotéis chiques ou bregas, a força da grana destruindo a natureza  e o encanto que um dia tiveram. 

Caraíva está tomado de pousadas. No Arraial d'Ajuda e Trancoso visitantes que chegam de carro são cercados e extorquidos por "cuidadores". A mítica Arembepe tem uma "aldeia hippie" para os turistas verem aqueles bichos raros que descobriram a praia  do século passado.

Já não existem mais aqueles paraísos. 



Porto Seguro, 1984



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O RIO GRANDE RECEBE O BRASIL

 


Encontrar amazonenses, paraenses, maranhenses, goianos, paulistas, baianos, mineiros e brasileiros de todos os cantos trabalhando no Rio Grande do Sul já se tornou normal. "Aqui na farmácia só tem um farmacêutico gaúcho", comentou um baiano de Salvador enquanto media a minha pressão, em Porto Alegre. A explicação é sempre a mesma: No RS sobram vagas por causa da multiplicação das farmácias, e em cada uma é obrigatória a presença de pelo menos um farmacêutico. 

Eles se candidatam pelos sites das empresas e vão chegando: conheço profissionais de Manaus, no Amazonas, de Barra do Corda e de São Luís,  no Maranhão, de São Paulo, de Goiânia.

Nos hotéis, bares e restaurantes, especialmente na Serra, isso também é comum. Identificados pelo sotaque, eles não se importam de dizer de onde e por que vieram. A Dona Chica veio de Areias Brancas, Rio Grande do Norte, e se estabeleceu com um pequeno restaurante especializado em tapioca com sabores nordestinos  em Nova Petrópolis. Tem bom movimento, e não se arrepende por ter vindo viver na Serra. 

Josy (foto) veio de Recife e trabalha como camareira num hotel. Não reclama nem do frio do inverno. "Aqui em tenho trabalho, segurança e qualidade de vida".